sábado, 18 de dezembro de 2010
Não há nada além D'Ele/There is None Else Beside Him
Está escrito, “não há nada além D’Ele.” Isto significa que não há outra força no mundo que tenha a habilidade de fazer o que quer que seja contra Ele. E o que o homem vê, que há coisas no mundo que negam a Casa Superior, a razão é que esta é a Sua vontade.
E é considerada uma correcção, chamada “a esquerda rejeita e a direita atrai,” quer isto dizer que o que a esquerda rejeita é considerado correcção. Isto significa que há coisas no mundo, que, para começar, têm por objectivo desviar uma pessoa do caminho certo, e pelo qual ela é rejeitada da Santidade.
E o benefício das rejeições é que através delas a pessoa recebe uma necessidade e um desejo completo pelo Criador para que a ajude, uma vez que ela vê que de outra forma está perdida. Não só não faz progressos no seu trabalho, mas vê que retrocede, isto é, falta-lhe a força para observar a Torá e Mitzvot mesmo em Lo Lishma (não em Seu Nome). Que apenas ultrapassando genuinamente todos os obstáculos, acima da razão, pode ela observar a Torá e Mitzvot. Mas ela não tem sempre a força para ultrapassar acima da razão; pelo contrário, ela é forçada a desviar-se, Deus proíba, do caminho do Criador, mesmo em Lo Lishma.
E ela, que sempre sente que o estilhaçado é maior que o todo, ou seja, que há mais quedas que elevações, e não vê um fim para esses estados, e permanecerá para sempre fora da santidade, pois ela vê que é difícil para ela observar mesmo tão pouco quanto uma gota, a não ser ultrapassando acima da razão. Mas ela nem sempre é capaz de ultrapassar. E o que será do fim?
Então ela chega à decisão que ninguém a pode ajudar a não ser o Próprio Criador. Isto faz com que faça um pedido sentido para que o Criador abra os seus olhos e coração, e a traga verdadeiramente para perto da adesão eterna com Deus. Segue-se então, que todas as rejeições que tinha experimentado vieram do Criador.
Isto significa que não foi por estar em falta, que não teve a capacidade de ultrapassar. Em vez disso, para aquelas pessoas que querem realmente aproximar-se do Criador, e por isso não se conformam com pouco, isto é, permanecer como crianças insensíveis, é-lhe por isso dada ajuda de Cima, de forma que não lhe seja possível dizer que graças a Deus tenho a Torá e Mitzvot e boas acções, e que mais preciso?
E apenas se essa pessoa tem um desejo verdadeiro receberá ela ajuda de Cima. E é-lhe mostrada constantemente que está em falta no seu presente estado. Nomeadamente, são-lhe enviados pensamentos e opiniões, que são contra o trabalho. Com isto pretende-se que veja que não é um com o Senhor. E por muito que ultrapasse, vê sempre que está mais longe da santidade que os outros, que sentem que são um com o Criador.
Mas ela, por outro lado, tem sempre queixas e exigências, e não consegue justificar o comportamento do Criador, e como Ele se comporta em relação a ela. Isto fá-la sofrer. Porque é que não é ela um com o Criador? Por fim, chega a sentir que não faz parte da santidade ou que se pareça.
Embora que ocasionalmente receba um despertar de Cima, que momentaneamente a revive, mas pouco depois cai no lugar da baixeza. Contudo, é isto que faz com que ela venha a perceber que apenas Deus pode ajudá-la e trazê-la realmente para perto.
Um homem deve sempre tentar e apegar-se ao Criador; nomeadamente, que todos os seus pensamentos sejam sobre Ele. Isto é, que mesmo que esteja no pior estado, do qual não pode haver maior declínio, não deve deixar o Seu domínio, nomeadamente, que há outra autoridade que o impede de entrar na santidade, e pode trazer benefício ou sofrimento.
Isto é, não deve pensar que existe a força do Sitra Achra (Outro Lado), que não deixa uma pessoa fazer boas acções e seguir os caminhos de Deus. Em vez disso, tudo é feito pelo Criador.
O Baal Shem Tov disse que aquele que diz que há outra força no mundo, nomeadamente Klipot (cascas), essa pessoa está num estado de “servir outros deuses.” Não é necessariamente o pensamento de heresia que é a infracção, mas se ela pensa que existe outra autoridade e força para além do Criador, com isso ela está a cometer um pecado.
Para além disso, aquele que diz que o homem tem a sua própria autoridade, isto é, ele diz que ontem ele próprio não quis seguir os caminhos de Deus, isso também é considerado cometer o pecado da heresia. Quer isto dizer que ele não acredita que apenas o Criador é o governador do mundo.
Mas quando tenha cometido um pecado, deve certamente arrepender-se e sentir culpa por tê-lo cometido. Mas aqui também devemos colocar a dor e o remorso na ordem correcta: onde coloca ele a causa do pecado, pois esse é o ponto que deve ser arrependido.
Então deve ter remorso e dizer: “Eu cometi aquele pecado porque o Criador me arremessou da santidade a um local de imundice, para o lavatório, o local da sujidade.” Isto para dizer que que o Criador lhe deu o desejo e vontade de se divertir e respirar ar num local fétido.
(E pode dizer que está escrito em livros, que por vezes uma pessoa vem incarnada como porco. Devemos interpretar isso, como ele diz, que uma pessoa recebe um desejo e vontade de adquirir vida de coisas que já tinha determinado serem lixo, mas quer agora receber alimento delas).
Também, quando sente que agora está num estado de ascensão, e sente algum bom sabor no trabalho, não deve dizer: “Agora estou num estado em que percebo que vale a pena adorar o Criador.” Deve, em vez, saber que agora foi favorecido pelo Criador, então o Criador trouxe-o, para mais perto, e por essa razão ele agora sente bom sabor no trabalho. E deve ter cuidado de nunca deixar o domínio da Santidade, e dizer que existe outro que opera para além do Criador.
(Mas isto significa que o facto de ser favorecido pelo Criador, ou o oposto, não depende da própria pessoa, mas apenas do Criador. E o homem, com a sua mente externa, não consegue compreender porque agora o Senhor o favoreceu e posteriormente não.)
Da mesma forma, quando se arrepende que o Criador não o aproxima, deve também ser cuidadoso para que a preocupação não seja consigo próprio, no sentido em que ele está distante do Criador. Isto é porque assim ele se torna um receptor para seu próprio benefício, e aquele que recebe é separado. Ele deve antes estar arrependido do exílio da Shechina (Divindade), no sentido em que é ele que causa o pesar da Divindade.
Deve imaginar que é como se um pequeno órgão da pessoa está dorido. A dor é no entanto sentida em primeiro lugar na mente e no coração. O coração e a mente, que são o todo do homem. E certamente, a sensação de um único órgão não se assemelha à sensação do corpo inteiro da pessoa, onde maior parte da dor é sentida.
De forma semelhante é a dor que uma pessoa sente quando está afastada do Criador. Uma vez que o homem é apenas um único órgão da Sagrada Shechina, pois a Sagrada Shechina é a alma comum de Israel, assim, a sensação de um único órgão não se assemelha à sensação da dor em geral. Isto quer dizer que há pesar na Shechina quando os órgãos estão separados dela, e ela não pode cuidar de seus órgãos.
(E devemos dizer que é isto que os nossos sábios disseram: “Quando um homem se arrepende, o que diz a Shechina? ‘É mais leve que a minha cabeça.’”). Ao não relacionar o pesar da distância a si mesmo, é poupado de cair na armadilha do desejo de receber para si mesmo, que é considerado separação da santidade.
O mesmo se aplica quando sente alguma proximidade da santidade, quando ele sente alegria ao ter sido favorecido pelo Criador. Então, também, deve dizer que a sua alegria é principalmente porque agora há alegria Acima, dentro da Sagrada Shechina, ao ter sido capaz de trazer o seu órgão para perto dela, e não ter de enviar o seu órgão para longe.
E deriva alegria por ter sido recompensado por agradar à Shechina. Isto está de acordo com os cálculos acima que quando há alegria para a parte, é apenas uma parte da alegria do todo. Através destes cálculos ele perde a sua individualidade e evita ser apanhado pelo Sitra Achra, que é o desejo de receber para o seu próprio benefício.
No entanto, o desejo de receber é necessário, uma vez que isto é o todo do homem, uma vez que qualquer coisa que existe numa pessoa além do desejo de receber não pertence à criatura, mas é atribuída ao Criador, mas o desejo de receber prazer deve ser corrigido para ser com o intuito de dar.
Isto para dizer que, o prazer e a alegria, que o desejo de receber colhe, deve ser com a intenção de que há contentamento Acima quando as criaturas sentem prazer, pois este foi o propósito da criação – beneficiar as Suas criações. E isto é chamado de alegria da Shechina Acima.
Por esta razão, deve procurar conselho em como pode trazer contentamento Acima. E certamente, se recebe prazer, o contentamento será sentido Acima. Por isso, ele deseja estar sempre no palácio do Rei, e ter a habilidade de brincar com os tesouros do Rei. E isso certamente irá provocar contentamento Acima. Segue-se que todo o seu anseio deve ser apenas em pelo bem do Criador.
Por Rav Yehuda Leib HaLevi Ashlag, Baal HaSulam
1. There is None Else Beside Him
Ein Od Milvado
The Book of Shamati, Article # 1
I heard on Parashat Yitro, 1, February 6, 1944
It is written, “there is none else besides Him.” This means that there is no other force in the world that has the ability to do anything against Him. And what man sees, that there are things in the world that deny the Higher Household, the reason is that this is His will.
And it is deemed a correction, called “the left rejects and the right adducts,” meaning that which the left rejects is considered correction. This means that there are things in the world, which, to begin with, aim to divert a person from the right way, and by which he is rejected from Sanctity.
And the benefit from the rejections is that through them a person receives a need and a complete desire for the Creator to help him, since he sees that otherwise he is lost. Not only does he not progress in his work, but he sees that he regresses, that is, he lacks the strength to observe Torah and Mitzvot even in Lo Lishma (not for Her Name). That only by genuinely overcoming all the obstacles, above reason, can he observe the Torah and Mitzvot. But he does not always have the strength to overcome above reason; otherwise, he is forced to deviate, God forbid, from the way of the Creator, even from Lo Lishma.
And he, who always feels that the shattered is greater than the whole, meaning that there are many more descents than ascents, and he does not see an end to these states, and he will forever remain outside of holiness, for he sees that it is difficult for him to observe even as little as a jot, unless by overcoming above reason. But he is not always able to overcome. And what shall be the end?
Then he comes to the decision that no one can help him but the Creator Himself. This causes him to make a heartfelt demand that the Creator will open his eyes and heart, and truly bring him nearer to eternal adhesion with God. It thus follows, that all the rejections he had experienced had come from the Creator.
This means that it was not because he was at fault, that he did not have the ability to overcome. Rather, for those people who truly want to draw near the Creator, and so they will not settle for little, meaning remain as senseless children, he is therefore given help from Above, so he will not be able to say that thank God, I have Torah and Mitzvot and good deeds, and what else do I need?
And only if that person has a true desire will he receive help from Above. And he is constantly shown how he is at fault in his present state. Namely, he is sent thoughts and views, which are against the work. This is in order for him to see that he is not one with the Lord. And as much as he overcomes, he always sees how he is farther from holiness than others, who feel that they are one with the Creator.
But he, on the other hand, always has complaints and demands, and he cannot justify the Creator’s behavior, and how He behaves toward him. This pains him. Why is he not one with the Creator? Finally, he comes to feel that he has no part in holiness whatsoever.
Although he occasionally receives awakening from Above, which momentarily revives him, but soon after he falls into the place of baseness. However, this is what causes him to come to realize that only God can help and really bring him closer.
A man must always try and cleave to the Creator; namely, that all his thoughts will be about Him. That is to say, that even if he is in the worst state, from which there cannot be a greater decline, he should not leave His domain, namely, that there is another authority which prevents him from entering holiness, and which can bring benefit or harm.
That is, he must not think that there is the force of the Sitra Achra (Other Side), which does not allow a person to do good deeds and follow God’s ways. Rather, all is done by the Creator.
The Baal Shem Tov said that he who says that there is another force in the world, namely Klipot (shells), that person is in a state of “serving other gods.” It is not necessarily the thought of heresy that is the transgression, but if he thinks that there is another authority and force apart from the Creator, by that he is committing a sin.
Furthermore, he who says that man has his own authority, that is, he says that yesterday he himself did not want to follow God’s ways, that too is considered committing the sin of heresy. Meaning that he does not believe that only the Creator is the leader of the world.
But when he has committed a sin, he must certainly regret it and be sorry for having committed it. But here too we should place the pain and sorrow in the right order: where does he place the cause of the sin, for that is the point that should be regretted.
Then, one should be remorseful and say: “I committed that sin because the Creator hurled me down from holiness to a place of filth, to the lavatory, the place of filth.” That is to say that the Creator gave him a desire and craving to amuse himself and breath air in a place of stench.
(And you might say that it is written in books, that sometimes one comes incarnated as a pig. We should interpret that, as he says, one receives a desire and craving to take liveliness from things he had already determined were litter, but now he wants to receive nourishment from them).
Also, when one feels that now he is in a state of ascent, and feels some good flavor in the work, he must not say: “Now I am in a state that I understand that it is worthwhile to worship the Creator.” Rather he should know that now he was favored by the Creator, hence the Creator brought him closer, and for this reason he now feels good flavor in the work. And he should be careful never to leave the domain of Sanctity, and say that there is another who operates besides the Creator.
(But this means that the matter of being favored by the Creator, or the opposite, does not depend on the person himself, but only on the Creator. And man, with his external mind, cannot comprehend why now the Lord has favored him and afterwards did not.)
Likewise, when he regrets that the Creator does not draw him near, he should also be careful that it would not be concerning himself, meaning that he is remote from the Creator. This is because thus he becomes a receiver for his own benefit, and one who receives is separated. Rather, he should regret the exile of the Shechina (Divinity), meaning that he is causing the sorrow of Divinity.
One should imagine that it is as though a small organ of the person is sore. The pain is nonetheless felt primarily in the mind and in the heart. The heart and the mind, which are the whole of man. And certainly, the sensation of a single organ cannot resemble the sensation of a person’s full stature, where most of the pain is felt.
Likewise is the pain that a person feels when he is remote from the Creator. Since man is but a single organ of the Holy Shechina, for the Holy Shechina is the common soul of Israel, hence, the sensation of a single organ does not resemble the sensation of the pain in general. That is to say that there is sorrow in the Shechina when the organs are detached from her, and she cannot nurture her organs.
(And we should say that this is what our sages said: “When a man regrets, what does Shechina say? ‘It is lighter than my head.’”). By not relating the sorrow of remoteness to oneself, one is spared falling into the trap of the desire to receive for oneself, which is considered separation from holiness.
The same applies when one feels some closeness to holiness, when he feels joy at having been favored by the Creator. Then, too, one must say that one’s joy is primarily because now there is joy Above, within the Holy Shechina, at being able to bring her private organ near her, and that she did not have to send her private organ away.
And one derives joy from being rewarded with pleasing the Shechina. This is in accord with the above calculation that when there is joy for the part, it is only a part of the joy of the whole. Through these calculations he loses his individuality and avoids being trapped by the Sitra Achra, which is the will to receive for his own benefit.
Although, the will to receive is necessary, since this is the whole of man, since anything that exists in a person apart from the will to receive does not belong to the creature, but is attributed to the Creator, but the will to receive pleasure should be corrected to being in order to bestow.
That is to say, the pleasure and joy, which the will to receive takes, should be with the intention that there is contentment Above when the creatures feel pleasure, for this was the purpose of creation – to benefit His creations. And this is called the joy of the Shechina Above.
For this reason, one must seek advice as to how he can bring contentment Above. And certainly, if he receives pleasure, contentment shall be felt Above. Therefore, he yearns to always be in the King’s palace, and to have the ability to play with the King’s treasures. And that will certainly cause contentment Above. It follows that his entire longing should be only for the sake of the Creator.
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